Muitas vezes “acusado” de ser ateu e de introduzir a duvida a respeito de Deus, Albert Einstein elaborou e seguiu um pensamento religioso complexo e profundo, entendendo que a religião e a ciência eram complementares.
Quando se pretende falar da relação entre Albert Einstein e a religião, é inevitável lembrar uma de suas frases mais famosas: “A ciência sem a religião é manca; a religião sem a ciência é cega”. Isso seria mais do que suficiente para se perceber que o cientista tinha uma relação especial com a religião. Alguns biógrafos de Einstein (1879-1955) chegaram a defender a noção de que essa relação ocorreu basicamente em sua infância, mas essa idéia já não é mais aceita. Uma das pesquisas mais profundas desse relacionamento entre ciência e religião na vida e obra de Einstein está no livro Einstein e a Religião, de Max Jammer, professor de Física e colega de Einstein em Princeton.
O interesse popular no cientista alemão se mantém, mesmo 50 anos após sua morte e num momento em que muitas de suas teorias vêm sendo questionadas. Einstein continua sendo uma das figuras mais conhecidas do planeta e, certamente, o nome que a maioria das pessoas imediatamente associa à ciência.
Jammer cita outra frase importante de Einstein, numa entrevista concedida ao escritor James Murphy e ao matemático John William Navin Sullivan (1886-1937), em 1930. “Todas as especulações mais refinadas no campo da ciência”, disse Einstein, “provêm de um profundo sentimento religioso; sem esse sentimento, elas seriam infrutíferas”.
Assim, percebe-se claramente a opinião do cientista de que a ciência e a religião eram complementares. No entanto, é preciso entender exatamente o que ele queria dizer com isso.
Os avôs e o pai de Albert eram judeus, mas ele não foi criado seguindo à risca as tradições judaicas. Segundo Jammer, tudo indica que seus pais não eram dogmáticos e sequer freqüentavam os serviços religiosos na sinagoga. Aos seis anos, ele entrou para uma escola pública católica, e teve aulas de religião – católica, bem entendido. Diz-se que só então seus pais resolveram lhe ensinar os princípios do judaísmo, para contrabalançar os ensinamentos católicos.
O Sentimento religioso surgiu cedo em EINSTEIN, e ele chamou essa fase de sua infância de “paraíso religioso”, mas existem dúvidas quanto a como ele teria se desenvolvido. Quando os pais resolveram que ele devia conhecer o judaísmo, contrataram um parente distante para ensiná-lo e, segundo Maja, irmã de Albert, foi esse parente que despertou nele o sentimento religioso.
Fonte revista Sexto Sentido
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