Eu gostaria de me sentir
sempre feliz! E quem não gostaria? Gostaria de sentir dentro de mim aquele
sentimento de plenitude que experimento quando me sinto imensamente grata por
aquilo que estou recebendo. Quando recebo amor, carinho, conforto, quando tenho
paz em meu coração! É assim que gostaria de me sentir, sempre. No entanto, a
vida é cheia de paradoxos, e nós sabemos que não podemos estar sempre cem por
cento felizes, pois no dia-a-dia muitas vezes choramos de tristeza, sentimos
dor pela falta de amor, pela falta de alimento e de conforto.
Nossa existência nos leva
a experimentar a tristeza para que possamos reconhecer a felicidade. Sim, creio
que precisamos do preto para reconhecer o branco, precisamos da fome para
reconhecer a saciedade, precisamos da carência afetiva para reconhecer a
felicidade de amar. Mas somos gratos por aquilo que recebemos? Bem, essa é
outra historia! Normalmente nos esquecemos de agradecê-Lo por aquilo de bom que
recebemos, mas nos queixamos, sim, nos queixamos muito por aquilo que não
temos. De manhã, quando abrimos os olhos, nos lembramos de agradecer a Deus
pela vida? Normalmente o Eu interior agradece, mas o Ego não. Sabem o por quê?
O Ego é o outro eu, ou seja, é um eu imaginário, criado não à imagem e
semelhança de Deus, mas à imagem e semelhança dos outros!
O Ego se espelha nos
outros, pois é criado em nós pelo ambiente, pela sociedade em que vivemos, pela
mãe e pelos parentes que nos rodearam quando crianças. É através dessas pessoas
que construímos o Ego. São eles, aqueles que nos rodeiam, que permeiam nossa
mente de modelos para nos servirem de espelho. O Ego nos é útil, faz parte de
nossa personalidade e não podemos prescindir dele, pois vivemos numa sociedade
e precisamos estar inseridos nela, nos espelhando e nos adequando a ela. Por
exemplo, vamos trabalhar de manhã e nos vestimos de acordo com as regras desta
sociedade. Se vivemos no Brasil ou noutro país ocidental, estaremos vestindo um
terno (os homens) uma roupa discreta e elegante (as mulheres) e nos sentiremos
assim inseridos no contexto. Se vivemos num país oriental, estaremos nos
vestindo de outra forma, nos comportando de outra forma, de acordo com outras
regras, não é mesmo? Não são somente as regras de vestir, mas todo nosso
comportamento é moldado e resulta no nosso Ego. Assim, pouco a pouco, ao
crescermos, construímos em nós uma identidade, como se fosse um outro Eu. E
acabamos acreditando ser esse nosso verdadeiro Eu! Mas o Eu interior, aquele
que é alimentado pela centelha divina dentro de nós, este é diferente, único,
não precisa de espelho, não precisa de regras, recebe alento somente do
Criador. O Eu está sempre feliz!
Por essa razão, podemos
fazer essa constatação: o Eu não sofre, quem sofre é o Ego. Vamos fazer um
exercício: quando experimentarmos algo ruim, uma dor, por exemplo, vamos nos
perguntar: é o Eu que está sofrendo ou é o ego? Creio que o Eu sofre ao ver
outro ser humano sofrer e então sente aquela dor como sua e corre para aliviar
o sofrimento alheio. A isso chamamos de Amor Universal, que nos faz sentir
solidários, integrados ao TODO. O Ego, por sua vez, sofre porque vê outro ser
humano ‘ter’ algo que ele não tem. O Ego sofre mais que o Eu e se aprendermos a
reconhecer essa dor, esse sofrimento, se aprendermos a fazer essa diferença então
viveremos mais serenos.
Então, quando estiver
sofrendo por alguma coisa pensem: Puxa, não sou Eu quem está sofrendo, é o meu
Ego!. Saber reconhecer essa diferença nos faz viver em Paz, aceitar o
sofrimento como experiência necessária para o crescimento, nos torna mais serenos,
alivia imediatamente a dor. No momento em que reconhecermos essa diferença a
Luz Divina estará nos ajudando e aliviará nosso sofrimento. Vocês já repararam
na serenidade que vemos no rosto de algumas pessoas iluminadas? Em todas as
religiões existem pessoas iluminadas que espalham ao redor de si essa sensação
de harmonia e serenidade. O Dalai Lama é um dos exemplos, o Papa João Paulo II
também o era, assim como outros tantos de todas as raças e cores, provenientes
de todas as religiões do mundo! Eles estão SEMPRE com o Eu Interior conectado
com o Todo e reconhecem a diferença entre o Ego e o Eu. Assim, vivem
serenamente.
GRAZIELLA MARRACINNI
Agradeço a espiritualidade por ter agido em meu socorro e ter utilizado o Gian como ferramenta p postar um texto tao oportuno em um momento mais do que necessário.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, ficamos contentes em ver que o texto postado lhe foi oportuno.
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