Não podemos esquecer que a
imprudência e a ociosidade se responsabilizam por múltiplas enfermidades, como
sejam os desastres circulatórios provenientes da gula, os quadros infecciosos
pela ausência da higiene comum, os desequilíbrios nervosos da toxicomania e o
depauperamento decorrente de vários excessos.
De modo geral, porém, as
doenças perduráveis, que destroem o corpo físico, têm suas causas no corpo
espiritual, pois as energias na nossa alma expressam as chamadas dívidas
cármicas, por serem conseqüências das causas infelizes que nós mesmos
plasmamos, e são transferíveis de uma existência para outra, uma vez que é a
nossa mente, através da energia do nosso pensamento, que, de forma
inconsciente, muitas vezes, nos cobra ou nos absolve das faltas cometidas,
lançando-nos ou tirando-nos da “zona de remorso”.
Existem casos em que, mesmo em estado de
recuperação perispirítica, a presença de pessoas desafetas responsáveis por
essas zonas pode levar a violentos choques psíquicos, com o que as emoções se
lhe desvairam afastando-se da necessária harmonia.
A mente desorientada perde
o controle da organização perispirítica e dos elementos fisiológicos, assumindo
condições excêntricas, dispersando as energias que lhe são peculiares.
Essas energias passam a
atritar-se e a emitir radiações de baixa freqüência, aproximadamente igual a de
que lhe incide o pensamento das vítimas, trazendo, conseqüentemente, as mais
variadas repercussões no corpo somático.
Devemos também lembrar que
não apenas os pensamentos voltados para nossas ações pretéritas mantêm-nos
presos a esse circuito fechado do pensamento do qual falamos.
O pensamento é muito mais
amplo do que a nossa consciência pode alcançar. Subsistem aqueles (o
pensamento) em que se fazem inconscientes em nossa mente, também trazidos por
lembranças das faltas por outros cometidas, que nos atingiram, deixando marcas
no nosso corpo espiritual e que, hoje, ao depararmo-nos em um novo reencontro,
sentimos no corpo carnal os efeitos desses males, efeitos estes apresentados
muitas vezes na forma de simples sintomas ou mesmo de uma enfermidade
instalada.
O pensamento, como uma
modalidade de energia sutil atuando em uma forma de onda, com velocidade muito
superior à da luz, quando de passagem pelos lugares e criaturas, situações e
coisas que nos afetam a memória, agem e reagem sobre si mesmos, em circuito
fechado, trazendo-nos, assim, de volta as sensações desagradáveis hauridas ao
contato de qualquer ação desequilibrante.
Isso tudo acontece porque,
quando nos rendemos ao desequilíbrio ou estabelecemos perturbações em prejuízo
dos outros, plasmamos nos tecidos fisiopsicossomâticos determinados campos de
ruptura na harmonia celular, criando predisposições mórbidas para essa ou
aquela enfermidade e, conseqüentemente, toda a zona atingida torna-se passível
de invasão microbiana.
Grupo Espírita Socorrista
Euripedes Barsanulfo
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