terça-feira, 16 de abril de 2013

SEPARAÇÃO DA ALMA E DO CORPO





Durante a vida , o Espírito se acha preso ao corpo pelo seu envoltório semi material ou perispírito.

A morte é a destruição do corpo somente, não a desse outro invólucro. Que do corpo se separa quando cessa neste a vida orgânica.

A observação demonstra que, no instante da morte, o desprendimento do perispírito não se completa subitamente; que, ao contrário, se opera gradualmente e com uma lentidão muito variável conforme os indivíduos. Em uns é bastante rápido, podendo dizer-se que o momento da morte é mais ou menos o momento da libertação.

 Em outros, naqueles sobretudo cuja vida foi toda material e sensual, o desprendimento é muito menos rápido, durando algumas vezes dias, semanas e até meses, o que não implica existir, no corpo, a menor vitalidade, nem a possibilidade de volver à vida, mas uma simples afinidade com o Espírito, afinidade que guarda sempre proporção com a preponderância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria.

É, com efeito, racional conceber-se que, quanto mais o Espírito se haja identificado com a matéria, tanto mais penoso lhe seja separar-se dela; ao passo que, a atividade intelectual e moral, a elevação dos pensamentos, operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida do corpo, de modo que, em chegando a morte, ele é quase instantâneo.

Tal o resultado dos estudos feitos em todos os indivíduos que se tem podido observar por ocasião da morte.

Essas observações ainda provam que a afinidade, persistente entre a alma e o corpo, em certos indivíduos é, às vezes, muito penosa, porquanto o Espírito pode experimentar o horror da decomposição.

Este caso, porém, é excepcional e peculiar em certos gêneros de vida e a certos gêneros de morte.

Verifica-se com alguns suicidas”.














Trecho extraído do livro “Na Hora do Adeus”
Luiz Sérgio

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