O perispírito, ou corpo fluídico, também conhecido como corpo astral, psicossoma, corpo celeste e outras denominações, é o corpo de que se serve o Espírito como veículo de sua manifestação no Plano Espiritual e como intermediário entre o corpo e o espírito quando encarnado.
Para melhor entendimento do perispírito, analisaremos este assunto sob os seguintes prismas: constituição, função, apresentação e propriedades.
Constituição
• De natureza sutil, o perispírito é constituído do fluido universal inerente ao globo em que estagia, razão porque não é idêntico em todos os mundos.
• Sua natureza está em relação direta com o grau de adiantamento moral do Espírito; daí decorre que o mesmo se modifica e se aprimora com o progresso moral que conquiste.
• Enquanto as entidades superiores formam o seu perispírito com os fluidos mais etéreos do plano em que estagiam, as inferiores formam dos fluidos mais densos, ou grosseiros, pelo que, seu perispírito chega a confundir-se, na aparência com o corpo físico.
Função
• O Espírito pela sua essência é um ser abstrato, que não pode exercer ação direta sobre a matéria bruta.Precisa de um elemento intermediário (fluido universal), daí a necessidade do envoltório fluídico - o perispírito.
• O perispírito faz do Espírito um ser definido, tornando-o capaz de atuar sobre a matéria tangível.É, assim, o traço de união entre o Espírito e a matéria.
• Quando encarnado, o Espírito se vale do perispírito para atuar sobre o corpo e sobre o meio ambiente e, por seu intermédio, recebe sensações dos mesmos.
• Despojado do corpo físico, pela desencarnação, o Espírito permanece com o perispírito, veículo de sua manifestação no Plano Espiritual.
Apresentação
• O perispírito toma a forma que o Espírito queira.
• Atuando sobre os fluidos espirituais, por meio do pensamento, e da vontade, os Espíritos imprimem a esses fluidos tal ou qual direção:Aglomeram-nos, combinam ou dispersam, forma conjuntos de aparência, forma e cor determinadas.
• Essas transformações, obedecendo a vontade do Espírito, permitem-lhe ter ou apresentar-se com a forma que mais lhe agrade.Podendo, num dado momento, alterar sua aparência instantaneamente.
• Essas transformações podem ser o resultado de uma intenção ou o produto de um pensamento inconsciente.Se num ambiente o Espírito apresenta-se com a aparência de sua última existência, pode, inconscientemente, modificar-se no recinto; algo, ou alguém o faz recordar-se de uma precedente reencarnação.Tão logo desliga o seu pensamento do passado, retorna à aparência atual.
Propriedades
• Um Espírito pode, portanto, apresentar-se ao médium com a aparência de uma existência remota (vestuário ou outros sinais característicos da época, inclusive cicatrizes, etc), embora isto não signifique que ele conserve normalmente essa aparência, mas sim a de vidas posteriores (geralmente a última experiência na Terra).
• Mesmo um Espírito apenas intelectualmente desenvolvido, embora moralmente atrasado, pode apresentar-se ao médium sob a aparência que deseje (pela disposição do seu pensamento), até mesmo de uma outra entidade, num processo de mistificação espiritual.
• Normalmente, no entanto, o perispírito retrata a condição íntima do Espírito, razão pela qual, premido por um estado consciencial de culpa, este se apresenta portando inibições, defeitos, aleijões, ou problemas outros, dos quais, embora o desejasse, não se pode furtar.
• (1) “O Livro dos Médiuns”, Allan Kardec - FEB - 29ª edição.
• (2) “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec - FEB - 30ª edição.
• (3) “Evolução em Dois Mundos”, André Luiz - FEB - 1ª edição.
• (4) “A Gênese”, Allan Kardec - FEB - 9ª edição.
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